Quilombo do Curiaú: Luta e resistência em meio a uma batalha pelo lar e pela justiça

No Quilombo do Curiaú, zona rural de Macapá, uma narrativa de luta e resistência ressoa há mais de quatro décadas. Desde 1956, as famílias Costa Leite e Santos têm desempenhado um papel central em um conflito que transcende as fronteiras do tempo, moldando o presente e o futuro dessa comunidade tradicional. A luta pelo direito à respiração tem sido uma questão frequente na vida da população, e essa história de luta e resistência é lembrada como um elemento essencial na trajetória do quilombo.

A aquisição dessas terras, fruto de acordos com antigos ocupantes, tornou-se a base de sustento e moradia para essas famílias. Nas simples casas da Ilha da Passagem, construídas onde antes se encontrava a residência de Jesusíno Borges dos Santos e Simplícia Santos, a vida se desenrola em meio a uma paisagem de beleza natural.

Contudo, a chegada de visitantes urbanos trouxe consigo novos desafios. O casal José Bastos e Orlandina Banha, em busca de lazer nos fins de semana, solicitou permissão para erguer um barraco na região. O que começou como um gesto de convívio logo se transformou em uma disputa legal complexa.

No entanto, a chegada de visitantes da cidade trouxe consigo novos desafios. José Bastos e Orlandina Banha, um casal em busca de lazer nos fins de semana, pediram permissão para construir um barraco na região. O que inicialmente era um gesto de convívio logo se tornou uma disputa legal complexa.

Uma ordem de reintegração de posse, a favor dos descendentes de José Bastos, mergulhou a comunidade em um mar de incertezas. Os moradores, agora na terceira geração, sentem-se ameaçados em sua sobrevivência e identidade, lutando para permanecer nas terras que consideram seu lar.

Frente a essa situação crítica, a comunidade do Quilombo do Curiaú clama por justiça. Há uma crescente demanda por uma investigação minuciosa por parte do Conselho Nacional de Justiça em relação a todas as decisões judiciais emitidas ao longo desses anos. A busca por uma solução justa para um conflito enraizado no tempo é a esperança que orienta essas famílias em direção a um futuro de paz e estabilidade.

Texto: Cláudio Rogério

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