Nesta terça-feira, 18, a Câmara Municipal de Macapá (CMM) aprovou por unanimidade a convocação do secretário municipal de Comunicação, Juarez Menescal, para prestar esclarecimentos sobre um pagamento de R$ 43 mil realizado à empresa RS Porto Marketing e Comunicação LTDA. A empresa, que pertence à ex-esposa do secretário, foi contratada para veicular publicidade no site e na página do Facebook “Norte360AP”, que possui apenas 37 seguidores e um número insignificante de acessos.
O contrato, que abrangeu o período de 13 a 31 de janeiro, totalizando 18 dias, foi firmado por meio de um Pedido de Isenção (PI) no valor de R$ 43.573,38. Isso significa que a Prefeitura de Macapá pagou R$ 2.420,72 por dia para veicular publicidade em um portal com baixíssima visibilidade. O valor é considerado excessivo, especialmente quando comparado ao custo de veiculação em portais com maior alcance e audiência na região.
Outro ponto que chamou a atenção foi o fato de a página do Facebook “Norte360AP” ter sido criada apenas um dia antes do início do contrato, no dia 14 de janeiro. A criação recente da página e o número irrisório de seguidores levantaram suspeitas sobre a real intenção do contrato e a eficácia da publicidade veiculada.
A denúncia foi apresentada por vereadores da oposição, que questionam a legalidade e a transparência do contrato, especialmente diante do fato de a empresa contratada ser ligada à ex-esposa do secretário. A situação ocorre em meio a uma série de denúncias contra a gestão do prefeito Antônio Furlan, que tem enfrentado críticas por supostas irregularidades administrativas.
Juarez Menescal foi convocado para comparecer à Câmara Municipal e prestar esclarecimentos sobre o caso. A sessão está marcada para próximo dia 25 de fevereiro, e espera-se que o secretário detalhe os critérios utilizados para a contratação da RS Porto Marketing e Comunicação LTDA e justifique o valor pago pelos serviços.
A convocação do secretário de Comunicação reflete a crescente pressão por transparência e responsabilidade na gestão pública de Macapá. A população e os vereadores aguardam respostas claras sobre o caso, que pode configurar um desvio de recursos públicos e um possível conflito de interesses.

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